sexta-feira, 19 de abril de 2013

Em abril, poemas mil! : poema 3

E aqui vai mais um poema, o 3º do desafio.

Espero que gostem, é muito bonito (pelo menos para mim...).


Soneto do amor total
Amo-te tanto, meu amor... não cante
 O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade


 Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

 
Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.


 E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente

Hei-de morrer de amar mais do que pude. 
                                               
                                              Vinicius de Moraes, in O Operário em Construção (1951)

 






3 comentários: